Desmatamento no Brasil [2000-2012]

Resultado de uma parceria da Universidade de Maryland, Google, US Geological Survey e NASA, foi disponibilizado no dia 15 de novembro o primeiro mapa mundial de mudanças na floresta, que abrange o período de 2000 a 2012 e permite identificar, particularmente, a evolução do desmatamento. O artigo completo saiu na última edição da Science.


Desmatamento no Brasil entre 2000 e 2012

Olhando particularmente o caso do Brasil, identifica-se claramente que o estado Amazonas tem sido relativamente poupado do desmatamento desde 2000 [forest cover loss], sendo as excepções as fronteiras com Acre, Rondônia e Mato Grosso e as margens dos rios e das estradas nacionais. Seja pela inacessibilidade de grande parte do Estado, seja pela visibilidade do trabalho de várias organizações contra o desmatamento, a verdade é que o Amazonas sofreu nos últimos doze anos relativamente menos com o desmatamento que quase todos os restantes estados brasileiros.

Pelo contrário, os vizinhos Acre, Rondônia, Roraima, Mato Grosso e Pará – este último particularmente nas margens dos rios e estradas nacionais -, apresentam índices de desmatamento visivelmente altos. Mais, olhando aos índices de reflorestamento ou criação de nova floresta [forest cover gain], nota-se que quase nada da floresta que se perdeu foi reflorestada no período, ao contrário do que é visível, por exemplo, no Sul e Sudeste brasileiros.

Apesar disso, nota-se que o ritmo do desmatamento no Brasil abrandou no período de pesquisa [forrest loss year], ainda que não tenha sido suficiente para conter a perda de, em média, 2.101 km2 de floresta tropical no mundo por ano. Nesse sentido, os pesquisadores realçaram, entre outros fenómenos, os desmatamentos no Peru e Paraguai, aliás igualmente identificáveis na imagem.

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